O financiamento com garantia de imóvel, também chamado de home equity, é uma modalidade de crédito que vem ganhando espaço no mercado brasileiro nos últimos anos. Esse tipo de operação permite que o proprietário de um bem imóvel use-o como garantia para a obtenção de um empréstimo ou financiamento, geralmente em condições mais vantajosas do que outros tipos de crédito pessoal.
O funcionamento do home equity no Brasil segue um princípio básico: o cliente oferece o imóvel já quitado ou com parte substancial do valor pago como garantia para ter acesso a um crédito de alto valor. Essa segurança adicional para os bancos e financeiras permite que as condições sejam muito mais flexíveis do que em linhas de crédito convencionais. Ao mesmo tempo, para o consumidor, é uma forma de transformar patrimônio imóvel em liquidez imediata sem precisar vender o bem.
Como funciona o home equity na prática

Na prática, o home equity funciona como um contrato de financiamento em que o imóvel residencial, comercial ou até rural é colocado em garantia. O valor liberado varia de acordo com a avaliação do imóvel e pode chegar, em média, a até 60% do preço de mercado, embora algumas instituições ofereçam condições mais ou menos flexíveis. A partir disso, o cliente tem acesso a uma linha de crédito com prazos que podem chegar a 20 anos ou mais, além de juros significativamente mais baixos do que os aplicados em empréstimos pessoais ou cheque especial.
O processo envolve uma análise detalhada do perfil financeiro do solicitante, a regularização documental do imóvel e uma avaliação feita por peritos cadastrados. Esse conjunto de etapas garante que tanto a instituição quanto o cliente estejam amparados juridicamente, reduzindo os riscos de inadimplência e de disputas legais. A partir da liberação, o valor pode ser utilizado de forma livre, seja para reorganização de dívidas, investimento em negócios, reformas ou mesmo projetos pessoais de maior porte.
Principais vantagens para o consumidor
Um dos grandes atrativos do home equity em 2025 é a possibilidade de acessar montantes elevados com condições de pagamento dilatadas no tempo. Em comparação a outras modalidades de crédito, a taxa de juros costuma ser uma das menores do mercado, justamente pela segurança que a garantia oferece à instituição. Além disso, o consumidor tem a liberdade de aplicar os recursos conforme suas necessidades, sem necessidade de justificar a destinação.
Outro ponto relevante é a possibilidade de alongamento do prazo, o que reduz o valor das parcelas mensais e torna o crédito mais acessível a diferentes faixas de renda. Ainda que o imóvel fique alienado até a quitação da dívida, o proprietário continua a residir ou utilizar o bem normalmente, desde que cumpra com as obrigações do contrato. Isso diferencia o home equity de operações de venda, já que não há perda do patrimônio, mas sim a sua utilização estratégica como ativo financeiro.
Riscos e cuidados envolvidos
Apesar das vantagens, o home equity exige cautela e planejamento. O principal risco é a inadimplência, que pode levar à perda do imóvel em caso de não pagamento das parcelas. Por isso, especialistas recomendam que o cliente avalie com atenção sua capacidade de pagamento antes de assumir o contrato. Em 2025, com a digitalização dos processos, muitas instituições oferecem simuladores e orientações personalizadas para facilitar esse planejamento.
Outro aspecto a considerar é a escolha da instituição financeira. Bancos tradicionais, fintechs e cooperativas de crédito disputam espaço nesse mercado, cada qual oferecendo condições específicas. Empresas como Creditas se destacam nesse segmento por oferecer soluções flexíveis e atendimento digital, embora seja sempre recomendável avaliar mais de uma alternativa.
Cenário do home equity em 2025
O ano de 2025 marca uma fase de consolidação desse tipo de financiamento no Brasil. Com a queda gradual da taxa Selic nos últimos trimestres, os custos de crédito se tornaram mais acessíveis, impulsionando a demanda por operações de home equity. Além disso, novas regulamentações do Banco Central trouxeram maior transparência às condições contratuais, reduzindo a assimetria de informações entre clientes e instituições. Outro fator que contribuiu para o crescimento foi a transformação digital do setor financeiro. Hoje, muitas etapas que antes exigiam visitas presenciais, como a entrega de documentos e a simulação de crédito, podem ser realizadas online.
Perspectivas futuras do mercado
As perspectivas para o home equity no Brasil são otimistas. A tendência é que essa modalidade se torne cada vez mais popular como alternativa ao crédito tradicional, principalmente em um cenário de maior maturidade financeira da população. A combinação de juros baixos, prazos longos e segurança contratual deve atrair não apenas consumidores individuais, mas também pequenos empresários em busca de capital de giro para expandir seus negócios. A evolução do mercado também deve caminhar para maior personalização, com ofertas que considerem o perfil de consumo, o histórico de pagamento e a localização do imóvel.